Prazer e evitação
24 de setembro de 2025
Era quinta-feira quando ele me enviou uma mensagem dizendo “estou louco por você”. Só pelas mensagens, eu senti que a gente ia se dar bem, pois essa intensidade dele me contagiava e me fazia também ficar louca para conhecer o homem que estava louco por mim. Ele queria me encontrar naquele dia, mas nesse dia ele não ia poder. Marcou, então, para segunda, às 14h, no L’essence. Eu estava animadíssima para encontrá-lo. Ao longo dos dias, entre quinta e segunda-feira, ele me enviava uma mensagem dizendo o quanto ele ansiava pela segunda-feira… gente! Que intensidade! E como eu amo isso! Fiquei pensando que aquele homem ia me devorar quando me ver, que eu ia voltar até tonta de tanto que ele ia me comer. E que eu, particularmente, queria ser comida por ele. Eu mal sabia seu rosto, mas os seus gestos e palavras já me deixavam desnorteada. Eu definitivamente também queria conhecê-lo e também ansiava pela segunda. Até que chegou.
Até que enfim chegou a segunda e eu conheceria quem era aquele homem intenso, fogoso e louco por mim. Quando eu cheguei, notei que ele usava óculos, tinha cara de nerd, um homem de uns 40 anos. Ele não era aquele homem fogoso que se mostrou por mensagens. Ele era tímido e disse que estava tímido diante de mim.
Eu cheguei cumprimentando com um selinho (gosto de já começar assim rs). Me sentei na cama, ele me perguntou se eu queria beber algo, e eu respondo que uma cerveja e uma água, para equilibrar rs. Ele disse que não poderia me acompanhar, pois estava dirigindo. Queria saber sobre mim, disse que tinha visto alguns vídeos meus e gostou de me conhecer desse modo, que isso não é comum no meu meio. Ele pode conhecer a minha pessoa antes de me conhecer e isso o deixou louco. Me contava que há anos não saía com uma acompanhante, mas que passou a procurar em vários perfis alguma para sair. Até que chegou em mim e percebeu que tinha algo diferente. Fiquei muito feliz porque é exatamente isso que quero comunicar, o Rara, de Sol Rara, nunca foi à toa. Ele tem um sentido bem claro. Outra coisa que ele me contou é que eu sou muito autoconfiante e autodeterminada, por não ter receio de fazer os vídeos que faço, que transpareço isso. Achei tão bonita essa percepção porque realmente faz parte do que eu sou. Contei um pouco sobre mim, como sempre gosto de fazer nos encontros, e quis que ele me contasse sobre ele. Ele então me explicou bastante sobre a sua profissão e até me contou que tinha um filho, que buscava ele na escola e por isso o encontro não podia ser tão tarde. Achei isso fofo. Nunca saí com um cara que disse que buscava o filho na escola. Na hora, com a cerveja misturada no organismo e adorando conhecer aquele homem louco para me conhecer, achei uma atitude fofa rs – apesar que deveria ser normal, né?
Ele dizia várias vezes que aquela não seria a nossa única vez. Que a gente ia se ver muitas vezes. Aos poucos, ele estava se soltando comigo, e ele mais se sentia tímido do que aparentava. Contei para ele que fazia rifas e ele ficou maluco, dizendo que queria muito participar. Eu disse a ele que mandaria no WhatsApp. Ele concordou. Guardem essa parte que é importante para o final da história.
Depois de um tempo de conversa, começamos a nos tocar, a nos beijar, fizemos bastantes preliminares até que ele começa a tocar na minha vulva.
– Eu não gosto que toquem.
– Ah, tudo bem! Me desculpe.
E ele me acarinha em outras partes do corpo. Até que me sinto tão confortável ao ponto de dizer:
– Eu vou colocar o lubrificante na sua mão e você toca.
– Mas eu não quero fazer nada que te deixe desconfortável.
– Mas eu quero que você faça.
– Não, mas não tem problema se você não quer, a gente faz outra coisa.
– Mas eu quero que você toque. Para a gente vencer o medo é só enfrentando e eu preciso aprender a enfrentar ao invés de evitar. Vou pegar o lubrificante.
E eu peguei o lubrificante, passei no dedo dele e coloquei suas mãos na minha vagina. Ele começou a me tocar. Ele tocava suavemente e às vezes eu guiava os seus dedos. Estava bom. Realmente estava bom. Eu não estava arrependida de ter deixado ele tocar, eu estava adorando. Até que ele parou e começou a beijar o meu corpo todo. Ele chupou meus seios de uma forma mais intensa e quando chegou na minha vagina, aí que o negócio desandou de vez. ELE NÃO PARAVA MAIS DE CHUPAR. Chupava tão rápido, tão rápido que… eu gozei! Acho que essa foi a vez que mais gozei rápido na vida! Ele chupava freneticamente! Enquanto ele chupava, eu bebia cerveja hahaha Foi tão bom!!! Me senti no céu. Mesmo depois de eu ter gozado, ele não parava de me chupar e interrompeu o oral para dizer “você viu que eu não estou conseguindo sair daqui, né?” e eu achei aquilo bonitinho. Deixei ele pelo tempo que quisesse ficar na minha buceta. E ele ficou bastante, ficava dizendo que minha buceta era muito boa de chupar… só de lembrar me dá tesão!
Estava sendo um encontro bem intenso mesmo e ele estava demonstrando o quão louco estava para me encontrar. Até que falei que agora era a minha vez de chupá-lo. Ele ficou louco com a minha chupada, dizia várias vezes que meu oral era muito bom. Chupei muito ele, com toda vontade que ele me chupou. Ele se contorcia de tesão. Como eu não finalizo, ele me avisou que ia gozar, eu parei de chupar e ele gozou.
Não houve penetração. Ele precisou ir embora porque tinha um compromisso de trabalho. Quando o encontro acabou, perguntei se ele tinha gostado, já sabendo que sim rs e ele me confirmou. Me deu carona até o metrô e eu me despedi dele com três selinhos (bem fofa rs).
Dias depois, eu enviei sobre a rifa que eu estava fazendo. Ele não me respondeu. Sim, logo ele, que estava todo animado no encontro e que queria participar da rifa. Não é a primeira vez que um cara que diz que adorou o encontro – e às vezes fala até que está com medo de se apaixonar – para de me responder. Acho que alguns homens ficam com receio de confundir as coisas, principalmente se estão comprometidos. Eles sabem que somos profissionais. Eu sou muito profissional, não misturo trabalho com vida pessoal. Nem existe a possibilidade de eu me apaixonar enquanto trabalho porque consigo separar muito bem. Meu trabalho é meu trabalho. Eu já era assim quando tinha outros trabalhos, nunca me relacionei com pessoas da mesma empresa que eu. Até mesmo quando eu era aluna, não gostava de me relacionar com pessoas da minha escola. Nesse trabalho, eu encontro pessoas maravilhosas, mas prefiro manter elas somente no meu ambiente de trabalho, pois acho que isso é o melhor para a minha saúde mental. Sei que alguns caras “fogem” porque ficam muito emocionados e sei que muitos ainda estão processando a experiência do encontro. Não é tão fácil ter uma experiência muito boa com alguém e entender que aquilo só vai ficar na experiência. Muitas vezes nós queremos repetir e ter aquela pessoa na nossa vida. Já conheci muitos clientes que facilmente virariam meus amigos. Mas como eu disse, eu não quero confundir as coisas, então deixo eles no meu trabalho.
Bom, essa é uma hipótese. Pode ser que ele se esqueceu de responder? Talvez. Mas para um cara que estava tão empolgado acho difícil a hipótese do esquecer. Como isso já aconteceu outra vez, do cara dizer que estava gostando muito de mim no encontro e depois me bloquear (juro que isso aconteceu!), eu fico com a hipótese de que esse cliente gostou muito e preferiu me evitar. Eu fico com a sensação de que quando eles quiserem me ver de novo, vão me desbloquear e voltar. E fico com as sensações tão gostosas do encontro vivido intensamente em cada parte. Cada homem que saí comigo fica um pouco em mim. Eu nunca os esqueço. E acredito que eles também não vão me esquecer.










